O cancro do pulmão é também a causa mais frequente de morte por cancro, representa quase 20% das mortes por cancro. Em Portugal, como no resto do mundo, a sobrevivência destes doentes é uma das menores entre todos os cancros.
O tabagismo é o principal factor de risco de cancro do pulmão. A incidência de cancro do pulmão e a mortalidade estão a baixar, atribuindo-se esta tendência à diminuição do consumo de tabaco, conforme informações disponibilizadas pela rede de hospitais privados CUF.
O envelhecimento é também um factor de risco. A incidência anual em Portugal em grupos etários mais avançados passa para mais de 200 casos por 100 mil habitantes na classe etária entre os 70 e os 74 anos.
Sintomas
Os sintomas de cancro do pulmão não são exclusivos, podem aparecer noutras doenças. O facto de ter um ou mais dos sintomas aqui descritos não significa que tem cancro do pulmão.
Deverá estar atento e consultar o seu médico se tiver os seguintes sintomas:
- uma pneumonia que não fica curada;
- dor torácica;
- falta de ar;
- tosse com sangue.
Factores de risco
Qualquer comportamento ou condição que aumenta o seu risco de ter uma doença é um factor de risco. Se um ou mais factores de risco se aplicarem a si, não quer dizer que desenvolverá necessariamente cancro do pulmão. Da mesma forma, o cancro do pulmão pode aparecer em indivíduos que não apresentem factores de risco conhecidos.
Ainda não foi possível encontrar as causas para o cancro do pulmão, mas alguns factores de risco são conhecidos. Os principais factores de risco são os seguintes:
Tabagismo
É o principal factor de risco de cancro do pulmão. Entre 80 a 90% dos doentes com cancro do pulmão fumam ou já fumaram. Considera-se que o tabaco causa 70% dos cancros do pulmão mas só 20% dos fumadores é que desenvolvem cancro do pulmão. Por outro lado, 20% das mulheres com cancro do pulmão nunca fumaram mas este número é metade nos homens.
Idade
Como em quase todos os cancros, é outro factor de risco uma vez que a mediana de idade dos doentes com cancro do pulmão é de 71 anos. A incidência anual em Portugal em grupos etários mais avançados passa para mais de 200 casos por 100.000 habitantes na classe etária entre os 70 e os 74 anos.
Genética
A existência de agregação familiar de cancro do pulmão faz pressupor uma eventual associação genética, contudo o mesmo ainda não foi provado bem como o mesmo poderá dever-se a exposições ambientais semelhantes em indivíduos da mesma família.
Exposição ocupacional a substâncias causadoras de cancro
Factor de risco menos bem definido como causal.
Tratamento
Com base no estadiamento do cancro do pulmão de células não pequenas é possível determinar o tratamento mais adequado:
Estadio I e II – neste estádio a opção de tratamento é geralmente a cirurgia;
Estadio III – as opções terapêuticas incluem a quimioterapia e radioterapia, em sequência ou combinadas;
Estadio IV – neste estádio, o tratamento é individualizado mas é baseado em quimioterapia ou no uso de novos medicamentos orais como o erlotinib ou geftinib.
Para o tratamento do cancro do pulmão de células pequenas o tratamento requer quase exclusivamente a quimioterapia citostática e, nos casos de estadio limitado, de radioterapia associada.
Se acha pode estar a sofrer de cancro do pulmão, não hesite em contactar um médico ou profissional de saúde.