O cigarro tem sido associado a uma enorme variedade de problemas de saúde, como asma, doenças pulmonares e respiratórias, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e cancro. Agora, um estudo publicado no periódico científico The BMJ mostra que não é preciso muito para que o vício provoque um aumento significativo da probabilidade de sofrer um ataque cardíaco.
Para a pesquisa, os cientistas analisaram 141 estudos realizados entre 1946 a 2015 sobre tabagismo e doenças cardíacas para tentar descobrir quantos cigarros diários são necessários para aumentar o risco de doença cardíaca, derrame e enfartes. Os investigadores dividiram os dados em pessoas que fumavam um, cinco ou 20 cigarros por dia e compararam com pessoas que nunca fumaram.
Afinal, qual a quantidade de cigarros que aumenta o risco de doença cardíaca?
Apenas um cigarro por dia já aumenta significativamente o risco de doença cardíaca e derrame cerebral. Para os homens, fumar um cigarro por dia aumentou o risco de doença cardíaca em 48%, em média, em relação a um não-fumador, enquanto o consumo de 20 cigarros por dia duplicou o risco. Os resultados foram ainda menos animadores para as mulheres. Fumar um cigarro diariamente aumentou o risco de doença cardíaca em 57%, enquanto fumar 20 cigarros por dia aumentou o risco em 2,8 vezes.
Atualmente, e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardíacas são a principal causa de morte prematura em todo o mundo.
“Fumar apenas cerca de um cigarro por dia acarreta um risco de desenvolver doença cardíaca coronária e derrame muito maior do que o esperado: cerca da metade disso para pessoas que fumam 20 por dia”, escreveram os autores do estudo. “Não existe um nível seguro de tabagismo para doenças cardiovasculares”, finalizaram.