O pré-natal é uma palavra comum na vida da mulher que deseja ser mãe, já que se trata de um conjunto de ações realizadas com acompanhamento do médico obstetra. Além de garantir a saúde da mãe e do bebé durante os nove meses de gestação, é fundamental também para prevenir diversas complicações que podem resultar num parto prematuro ou até em aborto espontâneo.
Entretanto, este tema pode gerar algumas dúvidas na cabeça das mulheres. Dito isto, leia a seguir os principais mitos e verdades sobre este tema de acordo com a ginecologista e obstetra, Maria Elisa Noriler.
Consultar-se unicamente com o obstetra durante a gestação já é suficiente. Mito! Devido às inúmeras mudanças que ocorrem no organismo da mulher nesta fase é importante que a grávida possa contar também com as orientações de um dermatologista, nutricionista, fisioterapeuta pélvico, psicólogo e outros.
O pré-natal só deve ser iniciado após ter conhecimento da gravidez. Mito! Se possível deve começar três meses antes da conceção para se verificar como está a dosagem hormonal, realizar exames ginecológicos e começar a administração de ácido fólico para garantir a perfeita formação do feto.
O médico irá pedir uma série de exames nesta fase. Verdade! Para acompanhar o desenvolvimento e a saúde do bebé, o especialista vai solicitar exames que vão desde hemograma, glicemia, grupo sanguíneo e fator Rh, anti HIV e sífilis, Toxoplasmose, Rubéola e Citomegalovírus, Hepatites e urina, além dos famosos ultrassons.
Fazer muitos ultrassons pode prejudicar a saúde do bebé. Mito! Neste caso utilizam-se ondas sonoras para produzir imagens visuais dinâmicas, que são extremamente seguras e não oferecem mal nenhum ao feto, sendo capazes de identificar 90% de malformações estruturais.
É necessário fazer um plano de parto com o obstetra. Verdade! O plano de parto é um documento garantido pela legislação portuguesa e feito em conjunto com o obstetra. “Necessita de ser assinado por ambos, médico e gestante, e nele a futura mãe regista por escrito o que deseja em relação às etapas do trabalho de parto, aos procedimentos médicos do parto em si e aos cuidados com o recém-nascido no pós-parto”, explica a obstetra.
É preciso manter o calendário vacinal atualizado na gestação. Verdade! Esta é uma tarefa fundamental durante a gestação, já que esta medida auxilia na prevenção de vários tipos de doenças e estimula a produção de anticorpos na mãe, que naturalmente passam para a criança. Entre as mais importantes estão a DTPa (tríplice acelular), Hepatite B e Gripe. Além disso, é fundamental averiguar se a gestante possui alguma insuficiência de vitaminas e minerais e fazer a reposição adequada.
Ainda tem alguma duvida? Converse com seu médico! "Aproveite as suas consultas para tirar todas as suas duvidas sobre as alterações que estão a ocorrer nesta fase para desfrutar o momento com saúde e tranquilidade”, finaliza Noriler.
