O estudo apresenta ainda um outro dado, confirmado pela organização norte-americana Alzheimer’s Association – as mulheres estão duas vezes mais propensas a adquirir a doença.
Segundo a professora de psiquiatria Cynthia Munro, uma das responsáveis pelo estudo, o aumento de produção do cortisol em mulheres principalmente na faixa etária dos 60 e 70 anos é algo normal, mas diferente de outras análises com foco nas alterações nas hormonas sexuais em relação ao Alzheimer. O cortisol – conhecido como a hormona do stress – pode ser um novo indicador para avançar nos estudos com intuito de prevenção desta doença neuro-degenerativa do cérebro.
A pesquisa mostra ainda que fatores relacionados a uma vida stressante (como traumas em relacionamentos, casos de violência ou acumulação de funções ao longo da vida), podem ser as chaves da prevalência de Alzheimer. Para Munro, as diferenças baseadas no sexo não são tão significativas, mas apontam para uma possível causa do declínio cognitivo nas mulheres.
Ainda há muito há muita informação para apurar e a pesquisa continua em andamento com a mesma amostra, mas até ao momento, hábitos de vida saudável ligados a uma boa alimentação e práticas desportivas têm sido a melhor solução para controlar os níveis de stress e consequentemente, diminuir o risco destas e outras doenças para homens e mulheres.