Todos os anos surgem em Portugal cerca de 500 casos novos de doentes com cancro do pâncreas.
É a terceira neoplasia maligna mais frequente do tubo digestivo em Portugal e a segunda no mundo ocidental, após o cancro do cólon, e a quinta mais frequente causa de morte por cancro. A prevalência tem estabilizado nas últimas décadas. A maior parte dos casos ocorre entre os 35 e os 70 anos, com o pico da incidência no grupo etário entre os 55 e 74 anos. Os homens e as mulheres são igualmente afetados pela doença.
O cancro do pâncreas continua a ser um dos mais fatais pelo facto de ter um diagnóstico mais complexo. De acordo com a BBC, um em cada dez pacientes diagnosticados com este tipo de tumor não vive mais do que cinco anos.
Mas, se a ciência estuda tanto os tumores, porque o que afeta o pâncreas não é detectado mais rapidamente? A resposta é simples: os sintomas são muitos e idênticos a outras tantas patologias, sendo facilmente desvalorizados.
Uma dor barriga, por exemplo, pode ser uma 'mera' dor de barriga como tantas outras, mas pode, também, ser um sintoma claro de cancro do pâncreas. E com a dor de barriga há outros tantos sintomas normais e 'inofensivos' que, na verdade, escondem uma das doenças mais fatais, como alerta a Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Entre os sintomas mais comuns (mas também mais desvalorizados) estão: a dita dor de estômago, a dor nas costas, a perda de peso inesperada (que é muitas vezes associada apenas a problemas na tiróide), a indigestão, o desregulamento intestinal (que anda quase sempre associado ao stress e, por isso, é visto como algo comum), a perda de apetite, a icterícia (aparecimento de um tom amarelado na pele e olhos), sensação de gripe, dificuldade em engolir e diabetes.