Estima-se que cerca de 20 mil portugueses sofram da doença de Parkinson. De acordo com informações disponibilizadas pela rede de hospitais privados CUF, registam-se por ano mais de 1800 novos casos e prevê-se que, com o aumento da longevidade da população, esta doença aumente nos próximos 20anos, afetando cerca de 30 mil portugueses.
À escala mundial, estima-se que entre sete a 10 milhões de pessoas vivam com esta doença.
A sua prevalência aumenta com a idade, sendo rara antes dos 50 anos, e é mais comum nos homens do que nas mulheres. Ainda assim, em 5% dos casos a Doença de Parkinson surge antes dos 40 anos.
Eis algumas estratégias para o bem-estar do doente que sofre de Parkinson:
1 - Diagnóstico precoce
É importante que o diagnóstico seja feito na fase inicial, para que o médico possa orientar as mudanças no estilo de vida. Quanto mais cedo começar o tratamento com o idoso e a família, melhor será o controlo da evolução da doença. Com as medicações introduzidas no momento certo, a condição pode progredir mais lentamente, tornando-se menos agressiva para o paciente.
2 – Apoio da família
A doença envolve toda a família e as pessoas que cuidam do idoso. Por isso, todos devem participar no tratamento de modo a conhecerem melhor o problema, aprender a lidar, tirar dúvidas do dia a dia e, assim, contribuir para o bem-estar do doente.
3 – Atenção multidisciplinar
O apoio de profissionais de várias áreas, junto com o tratamento medicamentoso específico, pode reduzir os sintomas. Além do médico, os cuidados de um enfermeiro; de um fonoaudiólogo, que consegue conciliar a melhora da fala e da deglutição; de fisioterapeutas e educadores físicos, que estimulam a parte motora; e de nutricionistas, que orientam a alimentação, melhoram o quotidiano do paciente.
4 – Vida social
O idoso deve ser estimulado também a participar em atividades sociais e manter sempre o contato com os amigos. Essas relações são essenciais para a qualidade de vida.
5 - Controlo dos sintomas
A toma de medicação atenua os sintomas da doença, mas é imprescindível um tratamento realizado por uma equipa de profissionais de saúde que envolva exercícios e adaptações, para melhorar a autonomia e preservar a independência do paciente.
6 – Risco de queda
É importante ter em atenção o risco de queda, adaptando equipamentos e móveis na casa, já que se trata de um grande risco para perda de funcionalidade no idoso.
7 – Saúde em dia
A prática de atividade física regular, a manutenção de atividades mentais e de relacionamentos interpessoais são muito importantes para envelhecer com saúde. Controlar a hipertensão, a diabetes, o colesterol, respeitar o horário do sono, visitar o médico periodicamente e evitar o cigarro e álcool são medidas preventivas essenciais.