O novo fármaco foi testado, em furões, contra várias estirpes virais, incluindo as sazonais e as pandémicas, como a gripe suína.
Na experiência, cujos resultados foram divulgados na edição digital da revista médica Science Translational Medicine, os cientistas descobriram que o medicamento inibia de forma eficaz todas as estirpes do vírus analisadas.
Segundo investigadores da Universidade do Estado da Geórgia, nos Estados Unidos, que liderou o trabalho, o fármaco bloqueia a ARN-polimerase, uma enzima que desempenha um papel fulcral na replicação do genoma (informação genética) dos vírus da gripe, gerando mutações.
"Se ocorrem mutações suficientes, o genoma torna-se disfuncional e o vírus não pode ser replicado", refere um comunicado da universidade norte-americana.
Os ensaios clínicos do fármaco devem iniciar-se no próximo ano.
A gripe é uma infeção viral que afeta principalmente as vias respiratórias. Os vírus da gripe estão em constante alteração, pelo que a imunidade dada pelas vacinas não é duradoura, sendo as pessoas aconselhadas a vacinarem-se todos os anos, sobretudo crianças, idosos, doentes crónicos e profissionais de saúde.
A doença manifesta-se por febre alta, dores musculares, articulares e de cabeça, inflamação dos olhos e tosse seca.
De acordo com o comunicado da Universidade do Estado da Geórgia, a eficácia dos medicamentos antigripais fica comprometida com a rápida e emergente resistência dos vírus da gripe aos fármacos.