Entre as dietas mais populares do momento está o jejum intermitente, que consiste em restringir a quantidade de tempo durante o dia em que é possível comer. Uma das vantagens da dieta é não necessitar cortar alimentos, pode-se comer de tudo. Para quem escolhe o jejum intermitente, há dois possíveis caminhos: utilizar o método 5:2 ou 16:8.
No método 5:2 é possível comer normalmente durante cinco dias da semana e fazer jejum por dois dias, que devem ser alternados. Nos dias em que a alimentação é restrita, só é permitido comer 500 calorias por dia de jejum. Já no método 16:8, as pessoas fazem jejum todos os dias durante 16 horas, nas oito restantes é permitido comer qualquer alimento.
Apesar de parecer uma forma eficaz de controlar o peso, alguns especialistas criticam a dieta. “As pessoas podem ficar doentes e sofrer graves sequelas de saúde”, comentou Christopher Sciamanna, do Centro Médico Milton S. Hershey, nos Estados Unidos, num comunicado.
Perigos
De acordo com Sciamanna, a maioria dos indivíduos não consegue manter esse regime alimentar porque o corpo não aguenta passar tanto tempo sem comer, ainda mais quando necessita de fazer as atividades diárias, como trabalhar ou cuidar da família. E esse é o principal problema com a versão 5:2. Adicionalmente, o método também promove a perda da massa muscular e óssea. O que pode comprometer os resultados a longo prazo, pois o músculo é o principal responsável pela queima de calorias.
Já o método do jejum diário – o mais popular entre quem pratica o jejum intermitente – pode ser benéfico para quem tem diabetes, pois ajuda a combater a resistência insulínica. “Estudos mostram que a presença da insulina é o sinal para armazenar calorias como gordura; portanto, em teoria, se o seu nível de insulina for menor ao longo do dia, isso poderá ser suficiente para perder peso por si só”, explicou Sciamanna.
Ainda assim ressalta que existem poucas evidências que comprovem a segurança da dieta a longo prazo, seja para quem tem diabetes ou para quem é saudável. “Se vai fazer algo que ainda não foi muito estudado, tem de entender que está a servir de cobaia, e não acho que seja de todo uma boa ideia”, alertou.