De acordo com o autor do estudo, Xiao-Ou Shu, Diretor Associado da Global Health and Co e líder do Programa de Pesquisa em Epidemiologia do Cancro da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, características biologicamente diferentes entre os sexos podem ser a chave para entender as disparidades de mortalidade entre homens e mulheres.
Shu aponta ainda que, mesmo com as dificuldades que teve em recrutar pessoas do sexo masculino para a pesquisa — que contou com 1,8 milhão mulheres e apenas 16.025 homens —, o resultado demonstra que devido às diferentes respostas de cada um em relação aos tratamentos hormonais, os homens apresentam um menor índice de resposta positiva nesse tipo de terapia.
Embora outros hábitos como o tabagismo, estilo de vida pouco saudável, alimentação rica em gorduras e açúcares, sedentarismo, consumo de álcool e obesidade possam colaborar para o aumento da taxa de mortalidade em pacientes com cancro do sexo masculino, Shu reforça que este campo carece de novos estudos específicos capazes de clarificar as causas.
"A conclusão é que necessitamos de mais estudos especificamente focados no cancro da mama masculino", conclui Shu.