A que sabe aquilo que come? O sintoma 'oculto' de Alzheimer

Atualmente, os exames para detectar a doença de Alzheimer têm quase sempre a memória como objeto de análise. O problema é que a patologia pode começar a manifestar-se até 20 anos antes da perda de memória em si ter início, mas o diagnóstico precoce ainda é difícil.

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Liliana Lopes Monteiro
29/11/2019 08:34 ‧ 29/11/2019 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Sintomas precoces de Alzheimer

Cientistas da Universidade McGill, no Canadá, estão a estudar formas de detectar precocemente a doença de Alzheimer (o tipo mais comum de demência) e, com isso, iniciar tratamentos com o intuito de atrasarem o máximo possível o desenvolvimento da doença. Curiosamente, a falta de sensibilidade do olfato pode ser um dos primeiros indícios de que a pessoa vai sofrer com a condição degenerativa. 

O estudo teve como base 300 voluntários com casos de Alzheimer na família, principalmente os pais. A idade média dessas pessoas era de 63 anos. Os investigadores pediram aos indivíduos que identificassem uma série de cheiros, como o de gasolina ou pastilha. Esses voluntários também foram testados periodicamente com punções lombares para análise do fluido espinhal, capaz de revelar a presença no organismo de proteínas relacionadas à doença.

Aqueles com maiores dificuldades para identificar os cheiros eram igualmente os que mais tinham essas proteínas presentes no corpo, sendo um indício de que ambos os cenários podem estar relacionados. A diminuição da sensibilidade olfativa de portadores de Alzheimer é conhecida há pelo menos 30 anos, mas normalmente é vista em pacientes que já desenvolveram a doença.

Ainda que não seja uma cura para o Alzheimer, desenvolver métodos que possam fazer diagnósticos ainda mais precoces é uma das metas da medicina moderna. Assim, os sintomas podem ser retardados em pelo menos cinco anos, e a detecção ser feita de maneira cada vez menos invasiva.

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