Nove causas de gordura no fígado e dez sintomas. Muita atenção
O fígado é considerado um órgão vital para as funções metabólicas e, sozinho, executa mais de 500 processos diferentes no corpo.
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Lifestyle Fígado gordo
Por exemplo, é responsável por converter as substâncias para extrair energia e também eliminar as toxinas que nocivas para o organismo. Esse processo ocorre quando o órgão recebe o sangue com nutrientes enviado pelo sistema digestivo, então este filtra e realiza uma triagem para definir quais os nutrientes devem ser processados, o que deve ser armazenado, quais devem ser eliminados através das fezes e o que deve voltar para o sangue.
Embora pareça complexo, essa é a rotina do fígado e todos esses processos costumam ser realizados com excelência, até que um problema surja e comprometa o órgão.
Por exemplo, o que causa gordura no fígado?
1. Doença hepática gordurosa não alcoólica
A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) desenvolve-se quando o fígado tem dificuldade em quebrar as gorduras, o que provoca uma acumulação no tecido do fígado. Geralmente, é dividida em fases diferentes, que acompanham a gravidade.
2. Fígado gordo alcoólico
O fígado gordo alcoólico significa o início da doença hepática relacionada ao álcool. O consumo excessivo e frequente de álcool prejudica o fígado, impedindo que ele realize seus processos corretamente. Parar de beber pode contribuir e possibilitar que a gordura diminua, mas se o uso excessivo de álcool continuar, a doença pode evoluir para a cirrose.
Gordura no fígado – O que é?
É normal que todos tenham pequenas quantidades de gordura no fígado, mas em excesso podem trazer alguns problemas. Existem dois tipos de fígado gorduroso, o não alcoólico e alcoólico. Dentro desse contexto, existem algumas divisões.
Nos casos mais sérios, essa condição pode tornar-se um cancro do fígado e doença hepática terminal.
Sintomas
A gordura no fígado geralmente não apresenta sintomas, principalmente se estiver num estágio leve. Porém, se o fígado se tornar inflamado, o corpo já pode mostrar alguns sinais que progridem juntamente com a gravidade da doença.
Sintomas de gordura no fígado com inflamação
- Falta de apetite;
- Perda inexplicável de peso;
- Dor abdominal;
- Sensação de fraqueza física;
- Fadiga;
- Confusão mental.
Sintomas de cirrose e insuficiência hepática
- Abdómen volumoso e cheio de líquido;
- Icterícia, uma condição que deixa a pele e olhos amarelados;
- Confusão mental;
- Sangramento anormal.
Fatores de risco
Geralmente, as pessoas com excesso de peso, obesidade, portadoras de diabetes tipo 2 têm um maior risco de desenvolver gordura no fígado, mas além desses elementos existem outros fatores que podem aumentar a probabilidade.
Consumo excessivo de hidratos de carbono refinados: Infelizmente, os carboidratos refinados fazem parte da maioria das dietas. O seu consumo frequente e excessivo já está associado ao desenvolvimento de algumas doenças e pode contribuir também para o armazenamento de gordura no fígado. Se essa ingestão for feita por pessoas com excesso de peso ou resistentes à insulina, as chances multiplicam-se.
Excesso de açúcar adicionado: Além dos hidratos refinados, outro ingrediente que tem conquistado má fama é o açúcar. Bebidas como refrigerantes, energéticos, sumos artificiais e outros são ricos em frutose, e a substância tem sido considerada uma das causas da acumulação de gordura no fígado, tanto nos adultos quanto nas crianças.
Obesidade: A obesidade tornou-se uma verdadeira epidemia. O peso excessivo costuma estar relacionado à inflamação, uma condição que viabiliza que o fígado retenha gordura. Estatísticas apontam que 30% a 90% dos adultos obesos sofram de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), e os números estão a crescer consideravelmente entre as crianças, principalmente por causa da obesidade infantil.
Excesso de gordura abdominal: A gordura abdominal é um marcador para muitas doenças e esse facto costuma estar associado também a o que causa gordura no fígado. Isso pode acontecer inclusive com pessoas com peso normal, mas que carregam muita gordura abdominal. Ou seja, manter uma cintura fina é saudável para o fígado.
Hiperlipidemia: É uma doença que provoca altos níveis de gordura no sangue, especialmente triglicéridos, e tal pode estimular o armazenamento de gordura no fígado.
Resistência à insulina: A resistência à insulina acontece quando o corpo não absorve adequadamente a hormona, o que provoca um desequilíbrio. Tanto a resistência quanto os altos níveis de insulina no organismo mostraram aumentar esse armazenamento de gordura no órgão de pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2 e também com síndrome metabólica.
Saúde intestinal comprometida: O nosso intestino está repleto de bactérias benéficas que ajudam a manter o equilíbrio e a evitar doenças, mas quando ocorre um desequilíbrio, podem desenvolver-se alguns problemas, como o intestino gotejante, onde a barreira intestinal é comprometida. Tanto esse quanto outros problemas relacionados ao intestino podem potencializar o desenvolvimento da DHGNA.
Efeito colateral de certos medicamentos: Alguns fármacos como o ácido valpróico, tamoxifeno, injeção de amiodarona, amiodarona oral, metotrexato estão associados à DHGNA. Muitos são utilizados para tratamentos específicos como, por exemplo, o tamoxifeno para o cancro da mama. Na maioria dos casos o seu uso não pode ser descontinuado, então a melhor forma é procurar sempre a orientação do médico para entender se a ingestão está de algum modo a comprometer o fígado.
Ingestão excessiva de álcool: O consumo excessivo de álcool danifica o fígado e isso impede o seu funcionamento correto. Essa condição provoca uma acumulação de gorduras, desenvolve inflamações e também cicatrizes no órgão.
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