Gatos têm expressões faciais, você é que não consegue decifrá-las

Estudo realizado com mais de seis mil pessoas mostra que mulheres são melhores a identificar expressões dos animais do que homens.

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Liliana Lopes Monteiro
04/12/2019 13:40 ‧ 04/12/2019 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Comportamento felino

Os gatos não são impossíveis de entender, como muitos imaginam. Na verdade, estes felinos demonstram as emoções por meio de expressões faciais — porém, a verdade é que os seres humanos têm muita dificuldade em decifrá-las

É o que diz um estudo publicado no periódico científico Animal Welfare, realizado com mais de seis mil pessoas de 85 países. Os participantes visualizaram vídeos breves dos animais e de seguida opinaram se estes estavam de bom humor ou não. As cenas que incluíam gatos a receber mimos ou a alcançar algo que queriam foram classificadas como positivas. Já as gravações que mostravam gatos com dores ou a fugir de algo foram consideradas negativas.

Nenhum dos gatos mostrou expressões de medo, como presas à mostra ou orelhas encolhidas — expressões faciais que já são amplamente conhecidas.

Em geral, os participantes acertaram menos de 60% das respostas – o que foi visto como algo mau pelos investigadores. Apenas 13% dos participantes tiveram bons resultados, com 75% ou mais de acertos.

O resultado também mostra que as mulheres (que eram cerca de 75% dos participantes) tiveram melhor pontuação do que os homens. Além disso, as pessoas mais jovens saíram-se melhor do que as mais velhas. 

"O facto das mulheres geralmente terem melhor desempenho que os homens é consistente com pesquisas anteriores que mostraram que as mulheres parecem ser melhores em descodificar demonstrações não verbais de emoção, tanto em humanos quanto em cães", disse a autora Georgia Mason, bióloga comportamental da Universidade de Guelph, no Canadá, em comunicado.

Os mais habilidosos em adivinhar os sentimentos felinos eram pessoas com experiência profissional que envolviam gatos, como médicos veterinários. No entanto, o motivo para tal não está claro. De acordo com Mason, pode ser porque essas pessoas são naturalmente brilhantes e, por isso, decidem pela carreira de veterinários. Mas também poderia ser porque têm mais oportunidades e motivação para aprender, já que estão constantemente a lidar com animais e necessitam de decifrar se estão com dores ou se sentem melhor. 

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