Cientistas brasileiros criaram um novo método capaz de detectar o cancro da próstata por meio da urina. Além de ser mais simples, a técnica permite avaliar a agressividade do tumor maligno - ou seja, a gravidade em que este se encontra e qual o tratamento mais indicado.
Os investigadores almejam agora realizar novos testes com voluntários de perfis distintos aos estudados até agora. A pretensão é de que, se validada, a descoberta possa fornecer um diagnóstico mais preciso, barato e menos invasivo.
A pesquisa foi realizada por cientistas do Laboratório de Investigação Médica da Disciplina de Urologia (LIM 55) da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), em parceria com o ICB (Instituto de Ciências Biomédicas) da USP.
Iniciado em 2014, o estudo contou com 12 pacientes avaliados, sendo que metade padeciam do tumor e a outra metade com um tumor benigno.
A partir de espectrometria de massa (método que mede a massa e a estrutura das moléculas) na urina, foi observado que a urina pode apresentar substâncias que indicam processos químicos ligados ao desenvolvimento de tumores na próstata.
Pacientes que tinham 56 glicoproteínas nas amostras, que é um tipo de proteína associada a hidratos de carbono, apresentaram cancro da próstata. O resultado obtido teve 100% de precisão.