Correm relatos de cabelos prematuramente brancos em sobreviventes de ataques com bombas durante a Segunda Guerra Mundial. Há, inclusive, quem conte a história de um piloto de uma companhia aérea australiana que viu o seu cabelo ficar grisalho nos meses após ter superado uma falha de todos os motores no início dos anos 80.
O boca-a-boca aponta que o envelhecimento prematuro pode ser causado por situações de stress extremo, mas até há bem pouco tempo ainda não existiam provas científicas.
Agora, num estudo publicado na revista científica Nature, os cientistas da Universidade de Harvard acreditam ter a resposta - pelo menos em ratos.
"Sob stress, o nosso nervo simpático fica altamente ativado", disse Ya-Chieh Hsu, professor em Harvard e autor principal do estudo, citado pela CNN. "E, na verdade, a ativação do sistema nervoso simpático sob stress é uma coisa boa". Isto porque a sua ativação desencadeia a resposta de 'luta ou fuga' através do neurotransmissor noradrenalina, explicou Hsu.
"A noradrenalina eleva os batimentos cardíacos e permite-nos reagir rapidamente ao perigo", disse. "No entanto, é a mesma noradrenalina que é prejudicial para as células de melanócitos e desencadeia a perda das mesmas".
As células de melanócitos são encontradas nos folículos capilares e são elas que determinam a cor do cabelo.