Sociedade exige que mulheres sejam mais simpáticas do que os homens

Um estudo novo notou que a interação entre homens não dependeu do grau de simpatia de cada um. Todavia, as relações entre mulheres, sim. Entenda este fenómeno.

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Liliana Lopes Monteiro
17/02/2020 15:12 ‧ 17/02/2020 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Discriminação de género

A pesquisa realizada por cientistas alemães, publicada no periódico científico The Economic Journal, e divulgada pela revista Galileu, detetou que a ótima relação de mulheres com pessoas de ambos os sexos está dependente do nível de simpatia delas próprias. Já para os homens tal não acontece. Por outras palavras, indivíduos do sexo masculino não necessitam de modificar o seu comportamento para serem aceites pelos demais.

Para efeitos daquela pesquisa, os investigadores das universidades de Hamburgo e de Frankfurt, na Alemanha, criaram uma experiência de interação em ambiente de laboratório. Divididos em grupos, tanto homens como mulheres avaliavam a simpatia uns dos outros tendo como base fotografias.

Posteriormente, foi pedido aos voluntários que participassem numa atividade na qual tinham que investir dinheiro em determinados projetos. Conforme explica a Galileu, os homens contribuíram, em média, com 4,05 euros e as mulheres, com 3,92 euros. Contudo, tal dependia do grau de simpatia e do género de quem estava na equipa.

Os académicos concluíram que quando os homens estavam em equipas com outros homens, independentemente do quão afáveis ou não eram, acabavam por dar quantidades monetárias similares. Porém, esse comportamento modificava quando se tratava de mulheres: se fossem consideradas pouco simpáticas pelos homens, estes investiam menos capital.

"Os nossos resultados sugerem a existência de um fator de simpatia que oferece uma nova perspetiva sobre as diferenças de género nos resultados do mercado de trabalho", disse Leonie Gerhards, principal autora do artigo. "Embora a simpatia seja importante para as mulheres em todas as suas interações, só importa para os homens se elas interagirem com o sexo oposto".

Entretanto nos grupos femininos, se estava alguma mulher vista como menos simpática, a contribuição diminuía em 30%; e, se fosse um homem desprazível, descia em 37%. Assim os investigadores concluíram que, para as mulheres, a simpatia é tida em conta seja qual for a situação. Infelizmente para os homens, a simpatia é relevante somente nas interações com o sexo oposto.

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