Um estudo publicado esta segunda-feira no jornal BMJ Gut e citado pela CNN descobriu que seguir uma dieta mediterrânea durante um ano altera o microbioma (conjunto de bactérias, vírus e fungos que compõem o organismo) das pessoas idosas, melhorando a função cerebral e contribuindo para a longevidade.
O estudo constatou que a dieta é capaz de inibir a produção de químicos inflamatórios que podem levar à perda da função cognitiva e impedir o desenvolvimento de doenças crónicas como a diabetes, o cancro e a aterosclerose.
O estudo analisou o microbioma intestinal de 612 idosos de França, Itália, Holanda, Polónia e Reino Unido. Depois, colocou 323 deles a seguir uma dieta especial durante um ano.
A dieta baseava-se nos princípios mediterrâneos de comer muitas frutas, vegetais, frutos secos, legumes, azeite e peixe e pouca carne vermelha, açúcar e gorduras saturadas.
Quando o ano terminou, aqueles que seguiram a dieta mediterrânea verificaram mudanças benéficas no microbioma do seu sistema digestivo. A diversidade bacteriana foi reduzida e a produção de marcadores inflamatórios potencialmente prejudiciais, como a proteína C-reativa e a interleucina-17, também.
Ao mesmo tempo, verificou-se um crescimento de bactérias benéficas ligadas à memória e à função cerebral. A dieta parece, também, impulsionar espécies essenciais para um "ecossistema intestinal" estável e de diminuir os sinais de fragilidade, como a velocidade de caminhada e a força manual.