Num artigo para a publicação Hippocratic Post, John Oxford, professor de virologia e bacteriologia e investigador da Universidade de Queen Mary, em Londres, no Reino Unido, destacou: “Não é apenas o que têm na saliva. Os cães passam metade do tempo com o focinho em lugares sujos ou a cheirar dejetos de outros animais, repletos de bactérias, vírus e germes".
Recentemente, como reporta a revista Veja, uma britânica de 70 anos teve ser internada de urgência após ser lambida na boca pelo seu cão. De acordo com o relato publicado na revista científica BMJ, a idosa desenvolveu uma grave infecção provocada pela bactéria Capnocytophaga canimorsus, presente na boca de cães e gatos.
A idosa apresentava sinais de confusão mental, dor de cabeça, diarreia, calafrios e febre, sendo que os exames diagnosticaram uma lesão renal aguda e infecção generalizada, seguida de uma coagulação intravascular, função hepática reduzida e insuficiência respiratória.
James Wilson, do hospital da Universidade College London, também no Reino Unido, destaca que os médicos não encontraram arranhões ou mordidas – formas comuns da infecção – o que demonstra que infecções graves podem ocorrer mesmo com a ausência de mordidelas e arranhões óbvios.