De acordo com uma reportagem divulgada pela BBC, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima atualmente que a taxa de mortalidade nos países desenvolvidos ande "em torno de 2%, ou menos".
Contudo, a verdade é que o índice de mortandade está dependente de inúmeros fatores, incluindo sexo, idade, condições de saúde e o sistema de saúde de cada nação.
Ainda assim, a mesma reportagem ressalta como é inclusive extremamente complexo contar o número de casos de indivíduos afetados pelo novo coronavírus.
Sendo que a OMS estima que uma vasta percentagem dos infetados passará incólume, já que a maioria dos indivíduos tende a não ir ao médico quando os sintomas são ligeiros.
Atualmente, as taxas de mortalidade que estão a ser divulgadas pelos países ao redor do mundo dificilmente indicam que o vírus sofreu mutações. De acordo com um estudo realizado pela Universidade Imperial College, de Londres, no Reino Unido, tal ocorre porque cada nação enfrenta dificuldades maiores ou menores para contabilizar os casos menos graves.
Deste modo, os casos que não são identificados pelas autoridades de saúde conduzem facilmente a uma taxa de mortalidade superestimada.
Mas, os problemas na quantificação não ficam por aqui. Há que ter em mente que demora algum tempo até que uma infeção resulte em recuperação ou morte.
Isto é, se tivermos em conta todos os casos que ainda não tiveram um desfecho, podemos estar a subestimar a taxa de mortalidade porque não estamos a considerar os casos que acabarão em morte no futuro.
Quais são os riscos para ‘pessoas como eu’?
A BBC explica que alguns grupos de pessoas estão mais suscetíveis a morrerem se contraírem o novo coronavírus: idosos, aqueles que já têm doenças pré-existentes (tendo o sistema imunitário debilitado) e, talvez, os homens.
Na primeira grande análise de mais de 44 mil casos na China, a taxa de mortalidade de idosos foi dez vezes mais alta do que entre aqueles de meia idade.
A taxa de mortalidade era ainda mais baixa entre quem tem menos de 30 anos . Registando-se oito mortes entre 4.500 casos.
E as mortes eram cinco vezes mais comuns entre as pessoas que sofriam de diabetes, hipertensão ou doenças cardiovasculares ou respiratórias.
Até ao momento os homens também estão a morrer mais do que as mulheres devido à infeção por Covid-19. Os cientistas ainda estão a tentar entender o motivo, mas até ao momento creem que a hormona feminina do estrogénio poderá ter um efeito protetor contra a doença.