O quivi (em português) ou kiwi (em inglês) é uma fruta proveniente do sudeste chinês, sendo as espécies comerciais mais conhecidas a Actinidia deliciosa (verde) ou Actinidia chinensis (amarela). A produção portuguesa concentra-‐se na região entre o Douro e Minho, de forma sazonal, entre os meses de novembro e março.
É maioritariamente conhecido pelo seu papel na melhoria do funcionamento intestinal. A composição em fibra solúvel e insolúvel, polifenóis e actinidina conferem-lhe benefícios gastrointestinais que levam a uma melhoria da consistência e no aumento da frequência e volume fecal, tornando-o num importante alimento a ser introduzido por quem sofre de obstipação.
Comparativamente a outras frutas apresenta um baixo valor calórico (60kcal/100g) o que o torna apelativo à sua introdução diária. Avaliando a sua riqueza nutricional, existem outras características que interessam destacar, como o seu elevado teor em vitamina C (ácido ascórbico). Ao fornecer 72mg por 100g, torna-se na segunda fruta com teor mais elevado desta vitamina, ultrapassado apenas pela goiaba.
Quer isto dizer que um quivi por dia fornece quase a sua dose diária recomendada para os adultos (80mg/100g). A vitamina C é ainda fundamental para a biossíntese de colagénio e de determinados neurotransmissores, tem capacidade antioxidante e tem um papel importante no sistema imunitário.
Também o seu elevado teor em folatos (vitamina B9) contribui para a formação normal do sangue e para a redução do cansaço e fadiga.
Tradicionalmente os folatos estão presentes em elevadas quantidades nos vegetais de folhas verdes escuras, mas cujo teor é posteriormente reduzido pela cozedura dos alimentos. Por se comer cru, o quivi torna-se numa importante fonte desta vitamina, especialmente durante a gravidez período em que as necessidades deste micronutriente aumentam.
É ainda uma importante fonte de vitamina E, potássio e vários componentes bioativos, nomeadamente antioxidantes e fitonutrientes. Não é assim de espantar que toda a sua riqueza nutricional faz com que o seu consumo regular seja associado a vários benefícios para a saúde e deva fazer parte da rotina alimentar dos portugueses.