As duas principais doenças que ameaçam a longevidade da geração atual
Investigadores alertam que a hipertensão e obesidade são os principais fatores de risco que influenciam negativamente a esperança média de vida.
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Lifestyle Doenças que matam
Uma equipa de cientistas japoneses da Universidade de Osaka analisou os dados clínicos e genéticos de 700 mil indivíduos de modo a entender quais são afinal os grandes fatores de risco que estão a reduzir a longevidade da geração atual.
Osaka, conforme reporta um artigo divulgado pela revista Galileu, é uma cidade conhecida pela longevidade de seus habitantes. Como é por exemplo o caso de Misao Okawa, que morreu em 2015 aos 117 anos, e que viveu toda a sua vida neste local.
Durante a realização da pesquisa os académicos notaram que as pessoas mais geneticamente suscetíveis a sofrerem de pressão alta ou hipertensão e de obesidade, vivem em média menos anos.
"O objetivo do nosso estudo foi entender como podemos utilizar informações genéticas para descobrir fatores de risco que podem impactar em resultados de saúde que podemos influenciar diretamente", afirma um dos autores do estudo Yukinori Okada, num comunicado emitido à imprensa.
A Galileu relata que os cientistas examinaram minuciosamente os dados 700 mil pessoas do Japão, da Finlândia e do Reino Unido. De seguida, calcularam a pontuação de risco poligénico, relativa a uma estimativa da inclinação genética de alguém a uma característica biológica, como por exemplo a predisposição para sofrer de determinadas patologias.
No final da experiência os investigadores apuraram que a pressão alta e a obesidade são os dois fatores de risco que mais impactam na vida útil da geração atual. Por um lado, a hipertensão mostrou ser responsável por diminuir a expetativa de vida nas três populações estudadas; e por outro lado, a obesidade mostrou ter um impacto mais significativo em indivíduos europeus.
"São resultados verdadeiramente impressionantes que mostram como a genética pode ser usada para prever e combater riscos de saúde", sublinha Okada.
"As informações que recolhemos podem servir de abordagem para identificar certos aspetos genéticos com o intuito de procurar fatores de risco e apontar mudanças direcionadas no estilo de vida e tratamento médico", conclui.
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