Oito novas estirpes identificadas. Coronavírus está a sofrer mutações

Num momento em que mais de um milhão de pessoas estão infetadas com o novo coronavírus, os cientistas explicam que o Sars-coV-2, causador da doença da Covid-19, já sofreu até ao momento oito diferentes mutações.

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Liliana Lopes Monteiro
06/04/2020 08:45 ‧ 06/04/2020 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Evolução da Covid-19

Identificar e monitorizar a forma como o vírus evolui é essencial para o trabalho dos investigadores, de modo a conseguirem eventualmente travar a doença e alcançarem uma cura. 

Nesse sentido foram descarregadas milhares de sequências genéticas do vírus na base de dados NextStrain, plataforma que revela o modo como o vírus está a migrar e a separar-se em novos subtipos

Investigadores afirmam que os dados mostram que o Sars-coV-2 está a sofrer mutações a cada 15 dias, segundo informações divulgadas pela publicação National Geographic

Os últimos dados apurados demonstram que existem em todo o mundo mais de um milhão de pessoas infetadas com Covid-19 e que já foram registadas 54,198 mortes. 

O fundador da base de dados NextStrain, Trevor Bedford, disse que as mutações eram tão diminutas que por sua vez não tornavam nenhuma das diferentes estirpes mais mortais do que qualquer outra. Mais ainda, os investigadores creem que as estirpes não deverão tornar-se mais letais à medida que evolvem. 

Bedford disse ao National Geographic: "estas mutações são completamente benignas e são inclusive um puzzle útil de modo a descobrirmos o modo como o vírus se está a espalhar".

O especialista acrescentou que as estirpes distintas do novo coronavírus tornam possível identificar a cadeia de transmissão, indicando se as medidas de autoisolamento e de quarentena têm de facto efeito e qual o seu nível de eficácia. 

"Seremos capazes de afirmar o quanto os níveis de propagação estão a diminuir e assim responder à questão 'conseguiremos retirar o nosso pé do acelerador?'", disse Bedford

Já no início do mês de março o jornal britânico The Sun indicava na altura que o Sars-coV-2 havia se dividido em duas cepas, sendo que a mais agressiva seria responsável por estar a infetar 70% dos indivíduos em todo o mundo. 

 

 

 

 

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