Coronavírus "pode sobreviver em máscaras até 7 dias", alerta novo estudo

Estudo indica que o vírus ainda permanecia detetátel no exterior de máscaras cirúrgicas sete dias após se ter lá instalado pela primeira vez.

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Liliana Lopes Monteiro
07/04/2020 08:45 ‧ 07/04/2020 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Covid-19

Muitos indivíduos estão atualmente a usar máscaras na tentativa de prevenir serem infetados pelo novo coronavírus, que causa a doença da Covid-19, todavia um novo estudo revela que esses objetos de proteção podem afinal servir de habitat para o Sars-coV-2 durante cerca de uma semana. 

Malik Peiris, especialista em saúde pública e virologista clínico responsável por compilar a pesquisa realizada por uma equipa de investigadores da Universidade de Hong Kong, na China, disse em entrevista ao canal de televisão CBC News (num vídeo divulgado pelo jornal Daily Star) que os dados apurados remetem para a importância de os indivíduos que utilizam as máscaras não tocarem de modo algum na parte exterior das mesmas.

O virologista disse que ao tocar numa máscara infetada as mãos da pessoa ficam automaticamente contaminadas e "se toca nos olhos pode estar igualmente a transferir o vírus para a vista". 

De acordo com o estudo, o Sars-coV-2 permanece em plástico e em aço inoxidável entre quatro a sete dias, enquanto tende a desaparecer de dinheiro em notas, bem como de vidro, por volta do quarto dia. 

A pesquisa permitiu apurar ainda que o vírus desaparece em média de tecidos após dois dias, permanecendo em material à base de papel ou cartão por não mais do que três horas. 

Publicada no periódico científico The Lancet, os investigadores notaram que, de forma impressionante, o vírus permanecia ativo no exteriror das máscaras cirúrgicas mesmo após sete dias de terem sido inicialmente contaminadas. 

Ainda assim o estudo revelou que a concentração do vírus diminuiu significativamente com o passar do tempo em cada superfície e que o vírus mostrou estar suscetível a métodos standard de desinfeção

Os resultados não mostraram ou refletiram "necessariamente o risco potencial de contrair o vírus através de contacto casual, isto porque a presença do Sars-coV-2 havia sido detetada em intrumentos de laboratório e não em mãos e dedos humanos", explicou Malik Peiris à CBC News.

Leo Poon Lit-man, docente na HKU’s School of Public Health, acrescentou que lavar as mãos regularmente continua a ser a melhor forma de conter a propagação do novo coronavírus. Sublinhando ainda a importância extrema dos indivíduos evitarem tocar no rosto, na boca, nariz e olhos com as mão sujas. 

 

 

 

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