Nadia, de 4 anos de idade, residente no Jardim Zoológico do Bronx, em Nova Iorque, é o primeiro tigre em todo o mundo a ser diagnosticado com a Covid-19. Há vários animais com sintomas no mesmo jardim zoológico. Segundo a CNN, estes desenvolveram tosse seca, redução do apetite, entre outros sintomas, após terem estado em contacto com um tratador infetado assintomático.
O acontecimento sucede um relato de que uma mulher belga com a Covid-19 infetou o seu gato de estimação no início de Março. Mas, ainda que o gato tenha problemas respiratórios e altos níveis do vírus nos seus vómitos e fezes, os investigadores ainda não têm a certeza se o gato estava doente devido ao Covid-19 ou devido a outra patologia.
Então, o que é que estes casos significam para os felinos e para os seus cuidadores humanos?
Embora os humanos possam transmitir o coronavírus aos gatos, os especialistas concordam que o contrário é extremamente improvável. "A conclusão é que não há evidências de que nenhum felino, grande ou pequeno, possa transmitir o vírus aos seres humanos", disse a veterinária Sarah Caddy, investigadora clínica da Universidade de Cambridge, citada pela CNN. Mas até sabermos mais sobre o coronavírus, os especialistas também aconselham que qualquer pessoa diagnosticada com Covid-19 evite o contacto com os seus gatos, de forma a evitar o risco (extremamente raro) de que possa infetar o seu animal de estimação.
Os especialistas afirmam também que não é uma surpresa que os gatos exóticos possam desenvolver a SARS-CoV-2. De acordo com John Williams, chefe da divisão de doenças infecciosas pediátricas do Hospital Infantil de Pittsburgh, afirmou que os tigres também haviam sido portadores do SARS-CoV, o coronavírus da mesma família que causa a síndrome respiratória aguda grave (SARS), durante o surto de 2002 a 2004.