Conforme avança um artigo publicado na revista Galileu, cientistas do IOC/Fiocruz, no Brasil, registaram o momento em que uma célula humana é infetada pelo novo coronavírus.
Apesar das células na imagem não serem humanas integram a linhagem denominada de 'Vero', comummente usada como recurso em estudos científicos.
E é numa dessas fotografias, como explica a Galileu, que se pode ver várias partículas do Sars-CoV-2 a tentar infetar o citoplasma do corpo celular, uma estrutura que rodeia e protege o núcleo da célula. Sendo este o local onde está alojado o material genético de cada indivíduo.
© IOC/Fiocruz
Surpreendentemente, e apesar do seu poder letal, nota-se ao microscópio como o Sars-coV-2 é extremamente pequeno comparativamente às outras células do organismo e tal deve-se ao facto do novo coronavírus ser aquilo que cientificamente se designa por uma estrutura simples. Isto é o vírus engloba somente uma cadeia de RNA ou material genético que está envolvido por uma bicamada lipídica e por picos de proteína, também conhecidas por proteínas 'spike'.
O coronavírus utiliza a dita proteína 'spike' para se associar à membrana celular do hospedeiro e assim contaminar a célula. Quando alcança o interior o vírus passa a dominar e a comandar a célula, fazendo com que esta replique o seu material genético milhares de vezes.
Elementos virais invadem o interior das células© IOC/Fiocruz
Eventualmente a célula hospedeira entra em colapso e morre, o que causa uma avalanche de material genético do vírus para o organismo, contaminando assim outras células e disseminando a Covid-19.
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