Em comunicado, a Bial avança hoje que esta era a "aprovação essencial" para iniciar a comercialização do medicamento ONGENTYS (Opicapona) nos Estados Unidos da América (EUA).
Em fevereiro de 2017, a Bial e a farmacêutica Neurocrine Biosciences, Inc. assinaram um contrato de licenciamento exclusivo para o desenvolvimento e comercialização na América do Norte da Opicapona, prevendo-se agora que o seu lançamento seja até ao final deste ano.
Este fármaco, que é o segundo medicamento de investigação da Bial para o Parkinson, já tinha sido aprovado pela autoridade regulamentar europeia em 2016, estando, desde então, disponível no Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália e Portugal.
Além dos EUA, "perspetiva-se que, entre 2020 e 2021, [o ONGENTYS] possa vir a ser introduzido em outros países europeus, bem como no Japão e na Coreia do Sul", adianta a Bial.
Em declarações à Lusa, António Portela, diretor executivo da Bial, afirmou que este é "um marco importante" para a farmacêutica.
"Ao termos o segundo medicamento português nos EUA, esperamos que possa ter um impacto muito grande em termos de faturação para a empresa e que isso nos permita continuar a investir nos nossos projetos de investigação e desenvolvimento", realçou.
Segundo António Portela, a parceira farmacêutica norte-americana previa lançar o ONGENTYS para o mercado entre maio e junho, no entanto, "as circunstâncias da covid-19 não vão permitir".
"Eles querem lançar até ao final do ano, mas vai tudo depender da evolução da situação", frisou.
Além dos EUA, António Portela adiantou à Lusa que a farmacêutica prevê lançar o medicamento na Suíça, Áustria e países nórdicos, mas que tudo dependerá da evolução da covid-19.
Paralelamente, a Bial prevê também que, no final do ano, o medicamento seja lançado na Coreia do Sul e no Japão, onde aguarda ainda a aprovação das autoridades para que o fármaco possa estar disponível no mercado.
A farmacêutica portuguesa, que aloca, em média, "mais de 20% da sua faturação anual à Inovação e Desenvolvimento", tem atualmente filiais em nove países e vende os seus medicamentos para mais de 50, sobretudo na Europa, África e América.