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Além dos filhos, mulheres em teletrabalho ainda 'cuidam' do companheiro

Estudo da Universidade de Valência revela que as mulheres em teletrabalho, para além de principais responsáveis pelo cuidado dos filhos menores, ainda têm que facilitar o teletrabalho do companheiro.

Além dos filhos, mulheres em teletrabalho ainda 'cuidam' do companheiro
Notícias ao Minuto

16:48 - 04/05/20 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle Espanha

As mulheres com filhos menores que se encontram em teletrabalho são quem suporta o maior nível de stress decorrente da situação de confinamento.

A conclusão é de uma investigação levada a cabo pela Universidade de Valência, através das docentes Cristina Benlloch e Empar Aguado, em conjunto com a politóloga-jurista Anna Aguado, para averiguar o impacto do confinamento no teletrabalho e na unidade familiar.

As investigadores concluem que são maioritariamente as mães que fazem acompanhamento escolar dos filhos menores e que, em alguns casos, são também as mães que têm que facilitar o teletrabalho do companheiro.

"É necessária uma análise sobre as dificuldades com que se deparam as mulheres que têm que acumular a carga familiar com a jornada laboral através do teletrabalho. Muitas estão a trabalhar ao mesmo tempo que estão a cuidar, algumas sentem que estão o dia todo o trabalhar. Muitas vezes, a flexibilidade de horário converte-se numa demonstração contínua e num exercício de responsabilidade para com os seus superiores", indicou Empar Aguado Bloise, citada pela Europa Press.

Cristina Benlloch sublinha, ainda, que "é habitual por parte das mães estar em teletrabalho durante a madrugada, seja atrasando o momento de se ir deitar ou levantando-se mais cedo que o resto da família". Para além do teletrabalho e de cuidar dos filhos menores, as mulheres, "em alguns casos, têm que facilitar o teletrabalho dos seus companheiros", partindo do pressuposto que estes têm horários de trabalho mais rígidos.

As conclusões do estudo foram publicadas num artigo na plataforma de divulgação científica 'The Conversation', como parte do projeto 'Conciliação familiar em tempo de confinamento por Covid-19'.

E em Portugal?

Recorde-se que o questionário 'Opinião Social' do Barómetro Covid-19, da Escola Nacional de Saúde Pública, mostrou já que um quarto dos inquiridos num estudo sobre como se sentem em tempos de pandemia diz sentir-se, ansioso, em baixo, ou triste "todos os dias" ou "quase todos os dias", sendo a maioria mulheres e pessoas em teletrabalho.

O SNS, sublinhe-se, publicou um manual sobre como lidar com o isolamento em contexto familiar: "Lidar com o stress" - Do Manual para Famílias.

Paralelamente, a investigadora Sara Falcão Casaca, professora no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade de Lisboa e coordenadora do projeto Women on Boards, antecipou que as mulheres estão mais expostas aos efeitos da pandemia Covid-19 no mercado do trabalho, por duas razões: porque têm vínculos mais precários e porque são a maioria nos setores mais afetados.

Entre essas atividades "amplamente feminizadas" estão a saúde e a assistência - as mulheres são a maioria entre auxiliares de saúde (92%), enfermeiros (82%) e médicos (55%) e também entre quem presta cuidados a idosos e dependentes (80%) -, os serviços de subsistência (como supermercados) e a restauração e a hotelaria - onde dois terços do trabalho é assegurado por mulheres.

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