"Pode nem sempre ser uma situação de vida ou morte. A verdade é que a maioria dos indivíduos obrigados a ingerir dietas especiais, sabem através de recomendações dadas pelos seus médicos como podem substituir, desenrascarem-se ou inclusive passar sem eles", afirma a nutricionista Eve Persak, em declarações à publicação HuffPost Life.
Todavia, se esses produtos ficarem indisponíveis por longos períodos de tempo, tal poderá implicar problemas acrescidos para essas pessoas, que incluem perda de peso acentuada e défice de nutrientes no organismo - o que por sua vez pode deixar o sistema imunitário mais debilitado e suscetível a infeções virais (como o SARS-CoV-2).
Por isso mesmo os especialistas em nutrição recomendam que deve evitar (ou minimizar) a compra destes alimentos até ao fim da pandemia:
1. Produtos sem glúten
Alimentos sem glúten são essenciais para a sobrevivência de quem sofre de doença celíaca.
"Devido à diminuição de produtos standard, tais como pão e massa, algumas pessoas estão a começar a optar por comprar alimentos sem glúten, que são alimentos obrigatórios para quem sofre de doença celíaca e tem poucas opções relativamente àquilo que pode ingerir", diz Persak.
2. Bebidas vegetais (de arroz ou aveia, por exemplo)
Quem sofre de doença da vesícula biliar ou de pancreatite não consegue digerir as gorduras eficazmente.
Leite magro, tal como bebidas alternativas vegetais que são naturalmente pobre em gorduras, são de extrema importância para prevenir a dor e complicações associadas a ambas as patologias.
3. Produtos com baixo teor de sódio
"Alimentos com teor reduzido de sal são essenciais para indivíduos que sofrem de doença renal, pulmonar ou de hipertensão", explica a nutricionista Trista Best, também ao HuffPost Life.
Todas estas condições requerem a adoção constante de restrições alimentares e uma dieta pobre em sódio de modo a evitar a retenção de líquidos. Senão, o seu estado de saúde poderá agravar-se significativamente.
4. Frutos vermelhos congelados
"Para pessoas que sofrem de doença renal é seguro consumir apenas uma quantidade reduzida de fruta e vegetais", conta Persak. "A maioria dos alimentos de origem vegetal são ricos em potássio e fósforo - dois minerais que sobrecarregam os rins".
Contudo, frutas como mirtilos, framboesas ou morangos, são seguras para consumo porque apresentam um baixo teor desses minerais. O problema é que muitas vezes esses produtos frescos são difíceis de encontrar ou são mais caros, e frequentemente as versões congeladas dos mesmos estão esgotadas.
5. Óleo de coco
Rico em triglicéridos de cadeia média (TCM), o óleo de coco é uma opção mais saudável para quem sofre de problemas de fígado ou de doença da vesícula biliar, comparativamente a outros tipos de gordura. O TCM não é metabolizado pelo fígado e não requer a ação de muitas enzimas pancreáticas e de bílis para ser digerido.
Existem produtos especialmente formulados com TCM, mas a falta de stock ou atrasos nos envios de encomendas online, tornam o óleo de coco uma versão mais acessível. Persak afirma ainda "este óleo é ainda menos dispendioso, comparado a outros produtos ricos em TCM".