"O café que não é filtrado contém substâncias que aumentam o colesterol 'mau' [LDL] no sangue. O uso de um filtro remove-as e reduz o risco de enfarte e morte prematura" disse Dag Thelle, o líder da nova pesquisa.
De acordo com o estudo publicado no periódico científico European Journal of Preventive Cardiology, a não filtragem do café está diretamente correlacionada com o aparecimento de inúmeras doenças.
Os investigadores garantem que um chávena de café filtrado contém 30 vezes menos substâncias lipídicas, ou seja matéria gorda, comparativamente a outras preparadas de modo diferente.
O estudo
A equipa de cientistas analisou, entre 1985 e 2003, os hábitos de beber café de 508.747 homens e mulheres saudáveis, de idades compreendidas entre os 20 e 79 anos. Os voluntários responderam a um questionário no qual relataram a variedade de café ingerido, tendo sido acompanhados durante 20 anos. Nesse espaço temporal, registou-se a morte de 46.341 participantes, em que 12.621 dos casos resultaram de uma doença cardiovascular e 6.202 por ataque cardíaco.
Ao examinarem a saúde dos indivíduos, incluindo o seu estilo de vida e dieta, os cientistas concluíram que a ingestão de café filtrado está relacionada a uma probabilidade 15% menor de morte por qualquer causa.
Relativamente ao coração, o consumo da bebida reduziu as chances de morte por motivos cardíacos em 12% nos homens e 20% nas mulheres, comparativamente a pessoas que não bebem qualquer café. Adicionalmente, a taxa de mortandade revelou ser menor entre os indivíduos que bebem diariamente entre uma a quatro chávenas de café filtrado.