Já é do conhecimento geral que algumas doenças crónicas, tais como diabetes e doenças pulmonares prévias têm um impacto negativo e potencialmente fatal nos pacientes que sofrem de Covid-19, patologia provocada pelo novo coronavírus ou cientificamente falando pelo SARS-CoV-2.
Todavia, surge agora uma nova pesquisa que é a primeira a estabelecer de facto que quem sofre de qualquer tipo de demência - sendo a mais comum Alzheimer - apresenta um risco ainda mais significativo de ser vítima do vírus.
O levantamento foi realizado pelo serviço nacional de saúde britânico (NHS) e apenas reflete as mortes que ocorreram em hospitais, estimando-se assim que o número correto seja muito mais elevado.
No entanto, de acordo com a análise conduzida pelo NHS, crê-se que sete em cada 200 de doentes com Covid-19 que acabam por morrer sofram de demência.
A pesquisa concluiu ainda que pessoas que sofrem de depressão, fibrilação atrial e doenças crónicas pré-existentes como patologias do foro renal, hipertensão, doenças cardiovasculares ou diabetes também registam uma probabilidade significativamente mais elevada de serem gravemente afetadas pelo vírus e de não sobreviverem.
Em declarações ao jornal britânico The Telegraph o líder do estudo, o professor David Melzer, afirmou que os resultados iniciais sugerem que algumas condições de saúde pré-existentes em doentes mais velhos podem estar a ser subestimadas.
Melzer explicou: "os dados apurados sugerem que devemos proteger ativamente pessoas que sofrem de demência. Isto porque o seu risco aumenta devido à idade avançada da maioria dos doentes, somando-se o risco adicional da demência em si, como uma patologia profundamente degenerativa e debilitante".