O professor e cientista Valerio Capraro, líder do estudo, afirmou ao jornal Mirror Online: "os dados apurados revelam que os homens tendem a expressar emoções mais negativas e um certo estigma quanto ao uso de máscara".
Para efeitos daquela pesquisa, os investigadores questionaram 2,459 pessoas nos Estados Unidos, incluindo 1,266 homens, 1,183 mulheres, e 10 indivíduos que preferiram não revelar o seu género.
Os participantes foram questionados relativamente ao seu intuito de utilizar ou não máscara fora de casa, assim como as emoções que o uso do acessório lhes suscitava.
No final da experiência, os resultados revelaram que as mulheres envolvidas no estudo apresentavam uma maior probabilidade de usar máscara na rua.
Entretanto, os homens mostraram uma maior reticência na utilização da peça vendo-a como um "indicador de fraqueza, motivo de vergonha e nada apelativa".
Capraro disse: "o nosso estudo sugere que os homens têm uma menor intenção de usar máscara do que as mulheres, sobretudo em países em que o seu uso não é obrigatório".
"Apurámos que as diferenças de género considerando a intenção ou não de cobrir parte do rosto com máscara são impactadas pela probabilidade da pessoa contrair o novo coronavírus e de recuperar".
"Por outras palavras, o facto de que os homens estão menos inclinados em usar máscara pode ser parcialmente explicado pela ideia de que os homens estão mais propensos a acreditar que não serão afetados pelo vírus", disse o professor.
Acrescentando: "tal é bastante irónico, já que as estatísticas oficiais demonstram que a Covid-19 está a infetar e a matar mais indivíduos do sexo masculino, comparativamente às mulheres".