Investigadores do Departamento de Ciências Biomoleculares da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP de Ribeirão Preto numa parceria com o departamento de biologia celular da Faculdade de Medicina da mesma instituição de ensino superior, alcançaram resultados promissores para o tratamento da Covid-19 ao testarem o fármaco tenofovir desoproxila fumarato (TDF), comummente administrado a pacientes infetados com o VIH e hepatite B - revela um artigo publicado na revista VEJA.
Os dados apurados foram publicados no Journal of the Brazilian Chemical Society.
“O TDF e o Remdesivir atuam com os mesmos mecanismos. São sim, medicamentos diferentes, mas pertencem à mesma família”, contou Norberto Peporine Lopes àquela publicação, um dos líderes do estudo e professor doutorado em química da faculdade de ciências farmacêuticas da USP.
Segundo os cientistas uma análise introdutória em laboratório detetou que a droga farmacológica diminuiu até 15 vezes a carga viral de células infetadas.
As pesquisas preliminares revelaram igualmente que o TDF não apresentou toxicidade relativamente às células.
Contudo, para que a eficácia do medicamento no tratamento à Covid-19 seja confirmada e validada será ainda necessário iniciar ensaios clínicos em doentes infetados com o novo coronavírus SARS-CoV-2.