Gravidez pode agravar quadro da Covid-19, alerta estudo

Estudo examinou informações de mais de 90 mil mulheres nos Estados Unidos e apurou que as gestantes apresentaram uma maior predisposição a serem internadas nos cuidados intensivos e a necessitarem da assistência de ventiladores para respirar.

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Liliana Lopes Monteiro
30/06/2020 11:45 ‧ 30/06/2020 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Gravidez e Covid-19

Segundo uma pesquisa realizada por investigadores do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, partilhada pela revista Galileu, as grávidas podem padecer de quadros mais severos de Covid-19, comparativamente àquelas que não estão à espera de bebé.

Os investigadores analisaram os dados de mais de 8.200 pacientes grávidas e de 83.200 pacientes não grávidas dos 15 e 44 anos que haviam sido infetadas com o coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença da Covid-19, entre janeiro e junho de 2020.

O estudo norte-americano - o maior até ao momento acerca da Covid-19 e a gravidez - discerniu que cerca de 30% das mulheres grávidas infetadas pelo novo coronavírus foram hospitalizadas; entretanto, somente 6% das mulheres não grávidas necessitaram de internamento hospitalar.

Todavia, os cientistas salientaram que não foram capazes de distinguir entre as mulheres grávidas que foram internadas por questões próprias da gestação daquelas que foram internadas devido à Covid-19. 

Ainda assim, os investigadores detetaram que as gestantes infetadas pelo SARS-CoV-2 mostraram uma maior probabilidade de serem internadas nos cuidados intensivos e necessitarem do auxílio de ventiladores para respirar.

Os cientistas observaram que 0,9% das doentes que não estavam grávidas foram admitidas nos cuidados intensivos; já 1,5% das grávidas precisaram de tratamento intensivo; e 0,3% das não grávidas tiveram de recorrer ao uso de ventiladores; enquanto 0,5% das gestantes precisaram dos respiradores artificiais. 

Porém, os investigadores notaram que o risco de morte por Covid-19 era igual para ambos os grupos de mulheres, correspondendo a 0,2%.

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