O estudo apurou que a pandemia do novo coronavírus SARS-CoV-2, causadora da Covid-19, diminuiu a esperança média de vida das mulheres de 83,5 em 2019 para 81,8 anos para aqueles que nasceram na primeira metade de 2020, e de 79,9 anos para 78 nos homens.
Jose Manuel Aburto, líder da pesquisa e chefe do departamento de sociologia da Universidade de Oxford, explicou que a esperança média de vida tem vindo a melhorar nos países desenvolvidos nos últimos 50 anos antes de estagnar na década passada.
O estudo alega que é provável que as estimativas atuais de mortes excessivas e perda de esperança média de vida estão a ser subestimadas.
"Divulgamos estimativas relativas à esperança média de vida para 2019 e para a primeira metade de 2020, que mostram que a esperança média de vida decaiu para uns impressionantes 1,7 e 1,9 anos para mulheres e homens respetivamente, entre esses anos", lê-se no estudo.
"Para colocarmos estes valores em perspetiva, a expectativa de vida para homens e mulheres na primeira metade de 2020 regrediu aos índices de 2008".
"Quantificar o excesso de mortes e o seu impacto na esperança de vida ao nascimento disponibiliza uma visão mais compreensiva do fardo total da Covid-19 na mortandade", afirmaram os investigadores.
"Se eventualmente os níveis de mortalidade irão decair para índices inferiores à linha de base ainda não se sabe".
Uma possível segunda vaga do SARS-CoV-2 torna o seu futuro impacto na expectativa de vida ainda mais obscuro.