Fármaco para artrite (vendido em Portugal) pode ser eficaz contra vírus
Investigadores do Imperial College London, no Reino Unido, afirmam que o fármaco chamado tocilizumab pode ser eficaz no tratamento da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, ao travar a 'tempestade' de ocitocinas que o sistema imunitário produz em resposta à infeção.
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Lifestyle Tratamento da Covid-19
Um novo estudo sugere que um fármaco comummente utilizado para tratar a artrite reumatóide pode ser o tratamento revolucionário que a comunidade médica e científica internacional esperavam contra o novo coronavírus.
Investigadores do Imperial College London, no Reino Unido, afirmam que o fármaco chamado tocilizumab pode ser eficaz no tratamento da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, ao travar a 'tempestade' de ocitocinas que o sistema imunitário produz em resposta à infeção.
Atualmente a droga está a ser testada em 450 pacientes infetados com o vírus em vários países.
Levi Garraway, Diretor Médico da Roche, laboratório farmacêutico que produz o medicamento, disse: "à medida que vamos sabendo mais sobre a Covid-19, torna-se de extrema importância trabalharmos juntos na luta contra esta doença".
"Tendo em conta tudo o que sabemos até agora, acreditamos que combinar um antiviral com um imunomodulador pode potencialmente ser um método eficaz no tratamento de doentes com quadros severos de Covid-19".
O tocilizumab foi originalmente desenvolvido para o tratamento de casos de artrite reumatóide. Tem o poder de impedir que o sistema imunitário responda excessivamente a ameaças como vírus externos, e que ao tentar defender-se ataque o corpo de tal forma podendo causar inadvertidamente a morte dos doentes.
Em declarações ao jornal britânico Daily Mail, a médica Taryn Youngstein, que trabalhou no ensaio clínico, contou: "é bastante claro que a faceta da Covid-19 que mais mata os pacientes está relacionada com a resposta do corpo ao vírus - ao invés, do vírus em si".
"Temos de pensar numa solução capaz de suprimir essa resposta exagerada do organismo".
"Estamos bastante familiarizados com este fármaco. Sabemos que é seguro e muito bem tolerado. A questão é se funciona de facto contra a Covid-19", disse Youngstein.
Os resultados do ensaio clínico deverão ser conhecidos ainda esta semana.
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