Há anos que pais, professores e médicos têm afirmado que o uso frequente das redes sociais predispõe adolescentes a pensamentos, sentimentos e episódios depressivos. Agora, um novo estudo da Universidade de Columbia afirma o contrário.
Os autores do estudo acreditam que as suas descobertas serão um alívio para inúmeros pais que, em contexto de pandemia, vêem os seus filhos adolescentes a passarem mais tempo online.
“Embora alguns adultos tenham expressado preocupações sobre os riscos potenciais para a saúde mental desse comportamento, a nossa pesquisa não encontrou nenhuma evidência convincente para sugerir que o uso das redes social aumenta significativamente o risco de sintomas depressivos nos adolescentes”, diz o autor Noah Kreski, citado pela Study Finds.
Para chegar a esta conclusão, a equipa de pesquisa analisou um enorme conjunto de dados, originalmente recolhidos pelo Monitoring the Future, um estudo abrangente a longo prazo sobre os comportamentos e atitudes dos americanos desde a infância até a idade adulta. Ao todo, foram utilizadas informações de 74.472 alunos do 8ª ao 10ª ano, conseguidas entre 2009 e 2017.
Os resultados mostram uma conexão "fraca" com a depressão
Os autores dizem que não existe uma conexão entre o uso diário das redes sociais e o aumento do risco de depressão. A única descoberta que sugere, mesmo que levemente, tal relação pertence às mulheres que apresentam um menor risco de depressão. Entre esse grupo, o uso de redes sociais foi “fracamente” associado a sintomas depressivos.