Covid que não passa: Sintomas e sequelas futuras, segundo 60 mil doentes
A Covid-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, regra geral, para grande parte dos doentes, desaparece após duas semanas.
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Lifestyle Covid-19 persistente
As estatísticas oficiais, segundo um artigo publicado no site da BBC, indicam que até ao momento mais de que 20 milhões de pessoas em todo o mundo recuperaram da Covid-19, contudo e além desses valores surge uma situação complexa, grave e misteriosa - a chamada Covid persistente.
Por outras palavras, com o passar do tempo, registou-se um aumento de ex-doentes que afirmam padecer de sintomas que se prolongam por semanas e até meses.
Tim Spector, revela a BBC, conhecido professor de epidemiologia genética no King's College em Londres, no Reino Unido, e líder de uma pesquisa acerca da manifestação de sintomas relatados na aplicação Covid Symptom Study, conta que naquele país mais de 300 mil indivíduos referiram sinais da patologia que se prolongaram por mais de 30 dias, e 60 mil deles durante mais de três meses.
Nisreen Alwan, líder da campanha que incita a realização de mais estudos acerca da problemática da Covid-19 persistente, professora de saúde pública da Universidade de Southampton, também no Reino Unido, alerta numa publicação no seu perfil na rede social Twitter: "a Covid-19 persistente não é uma história derivada da pandemia. Ela é A história, porque a maioria das pessoas que acham que vão ficar bem se contraírem o vírus, ou que só devem se preocupar em não infetar os outros, tem de saber dos riscos da doença prolongada".
Afinal, quais são os sintomas prolongados mais comuns e duradouros?
Spector, conta a BBC, divulgou dados preliminares sobre a Covid-19 prolongada durante um seminário online promovido pelo British Medical Journal.
"Se sofre de tosse persistente, rouquidão, dor de cabeça, diarreia, perda de apetite e falta de ar na primeira semana, tem duas a três vezes mais probabilidade de desenvolver sintomas por um longo período de tempo", partilhou.
Informações recolhidas pela app Covid Symptom Study, que inclui mais de quatro milhões de utilizadores, divulga os sintomas mais comuns: fadiga crónica (98%) e dor de cabeça (91%).
O professor revelou ainda que por razões ainda desconhecidas pela comunidade científica a Covid-19 persistente é o dobro mais comum nas mulheres com cerca de 40 anos.
Resumindo, a lista publicada pelo Sistema de Saúde Britânico (NHS) acerca dos principais sintomas persistentes comporta:
- sinais ou condições respiratórias, tais como tosse persistente, falta de ar, inflamação e fibrose pulmonar, e doença vascular dos pulmões;
- patologias ou sintomas cardiovasculares, nomeadamente aperto no peito, miocardite aguda e insuficiência cardíaca;
- perda duradoura ou alteração no paladar e no olfato;
- problemas de saúde mental, desde depressão, ansiedade e dificuldades cognitivas;
- distúrbios inflamatórios como mialgia, síndrome inflamatória sistémica, síndrome de Guillain-Barré e amiotrofia nevrálgica;
- condições gastrointestinais, nomeadamente diarreia;
- dor de cabeça persistente;
- Insónias, fadiga crónica e fraqueza;
- disfunção renal ou hepática;
- distúrbios de coagulação e trombose;
- linfadenopatia;
- erupções cutâneas.
A BBC salienta que estes dados foram recolhidos de acordo com os depoimentos de milhares de utilizadores da aplicação Covid Symptom Study.
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