Os especialistas acreditam que este declínio irá tornar-se aparente em zonas tremendamente afetadas pela doença da Covid-19, como por exemplo na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, e em Bergamo, na Itália.
Estas conclusões foram expostas num estudo publicado no PLOS ONE, e divulgadas num artigo da BBC News.
A nova pesquisa, publicada ontem, dia 17 de setembro, terá combinado num modelo matemático dados quanto ao risco de infeção e de morrer por Covid-19 no espaço de um ano em faixas etárias distintas. Associando também valores relativos a outras causas de mortalidade e expetativa de vida em quatro grandes zonas do mundo.
O estudo aponta que, um predomínio - porção de indivíduos infetados em comparativamente à totalidade da população - de 10% poderá provocar um ano a menos na esperança média de vida na Europa, América do Norte, América Central e na América do Sul.
Segundo a BBC, registando-se um prevalecimento de 50% da população doente com Covid-19 em um ano, a expetativa de vida poderá descer entre três a nove anos na América do Norte e na Europa; de três a oito anos na América Central e Latina; entre dois a sete anos no Sudeste Asiático; e de um a quatro anos na África Subsaariana.
"A Europa levou quase 20 anos para que a expetativa de vida média ao nascer subisse seis anos - de 72,8 anos em 1990 para 78,6 anos em 2019. A Covid-19 pode fazer retroceder este indicador para valores de algum tempo atrás", afirma à BBC News Sergei Scherbov, co-autor do estudo, investigador no Centro Wittgenstein para Demografia e Capital Humano Global, na Universidade de Viena, Áustria.
"Todavia, ainda não temos a certeza do que vai acontecer. Em muitos países a letalidade da Covid-19 está a diminuir bastante, provavelmente porque o protocolo de tratamento está melhor definido", crê Sherbov.
Leia Também: Usar óculos reduz risco de infeção por coronavírus, afirma estudo