Uma nova pesquisa, publicada no The Lancet Infectious Diseases, conduzida por cientistas do Laboratório de Saúde Pública do Estado de Nevada e da Universidade de Nevada, nos Estados Unidos, confirmou o primeiro caso de reinfeção por Covid-19 - doença provocada pelo novo coronavírus - naquele país, revela um artigo publicado na revista Galileu.
Trata-se do quinto caso oficialmente registado em todo o mundo, sugerindo assim que a exposição ao vírus não é sinónimo de imunidade, contrariamente ao que se acreditava.
O doente terá, segundo o estudo norte-americano, testado positivo para duas infeções distintas do SARS-CoV-2 num período de 48 dias.
Conforme explica a revista Galileu, o homem, de 25 anos, não sofria de outras doenças pré-existentes ou pertencia a um grupo de risco.
Mais ainda, no espaço de tempo entre as ambas as infeções, o indivíduo testou inclusive negativo duas vezes para o novo coronavírus.
O estudo aponta ainda que a segunda infeção que afetou o homem foi mais severa do que a primeira. Tendo necessitado de ser submetido a internamento hospitalar e de receber oxigénio artificial, através de um ventilador.
Este cenário 'inesperado' faz com que os investigadores alertem para que os indivíduos que já tenham sofrido de Covid-19 no passado continuem a tomar preocupações, nomeadamente lavar as mãos regularmente, usar máscara e a manter o distanciamento social.
"Ainda existem muitas incógnitas sobre as infecções pelo Covid-19 e a resposta do sistema imunológico, mas as nossas descobertas indicam que uma infecção anterior pode não necessariamente proteger contra futuras", afirmou num comunicado emitido à imprensa Mark Pandori, líder estudo.
Para o cientista, os dados apurados lançam dúvidas acerca de como alcançar a imunidade contra o SARS-CoV-2.
A Galileu destaca que já foram confirmados quatro outros casos de reinfeção na Bélgica, Holanda, Hong Kong e Equador.