Covid-19. Traço de personalidade tem um papel importante na transmissão

Falamos de empatia.

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Notícias Ao Minuto
19/10/2020 11:47 ‧ 19/10/2020 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle

Covid-19

Governos de vários países têm tentado de tudo para impedir que o novo coronavírus se espalhe. As recomendações do uso de máscara ou de distânciamento social são algumas das medidas implementadas, mas, de acordo com um novo estudo, conter o vírus pode depender (também) de um traço de personalidade - a empatia. 

Na pesquisa, publicada na revista Psychological Science, investigadores da Universidade de Aarhus dizem que a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa desempenha um papel importante em quem segue ou não as regras de distanciamento social. Essa conexão com os outros leva mais pessoas a tomarem as devidas precauções de saúde durante a pandemia.

“Mostramos que a empatia pelos mais vulneráveis é um fator importante e pode ser usado no combate à pandemia. Acredito que os legisladores podem usar as descobertas nos seus esforços para fazer com que mais pessoas sigam as diretrizes - e, em última análise, salvem vidas”, argumenta o professor associado do Departamento de Psicologia e Ciências do Comportamento Stefan Pfattheicher, citado pela StudyFinds.

Para chegar a esta conclusão, a equipa conduziu uma série de experiências, apresentando aos participantes de três países a história pessoal de um paciente com coronavírus ou simplesmente fornecendo-lhes informações sobre máscaras e distanciamento social.

Numa das experiências, os participantes assistiram a um vídeo de um minuto sobre um homem de 91 anos que não pôde visitar a sua esposa com doença crónica devido à Covid-19. Outro teste fez voluntários lerem uma história sobre uma mulher que sofre de um raro distúrbio imunológico e que teve que ser internada nos cuidados intensivos por causa do coronavírus. Os participantes que ouviram as histórias sobre pessoas reais, afetadas pela pandemia, relatam ter um nível mais alto de empatia pela crise. Esses indivíduos também afirmam ter maior disposição para usar máscaras e manterem-se socialmente distantes.

“Os nossos resultados sugerem que precisamos de histórias de pessoas reais. Não é suficiente apenas dizer que devemos manter distância e usar uma máscara facial para o bem dos cidadãos vulneráveis em geral. Se formos confrontados com uma pessoa específica que é vulnerável à Covid-19, fica claro que a empatia é fortalecida e que temos mais probabilidade de seguir as recomendações”, afirma Pfattheicher.

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