José Manuel Boavida, presidente da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), explica que "em caso de doença, as pessoas com diabetes têm mais dificuldade em controlar a glicemia, fragilizando o corpo que não conseguirá lutar contra as infeções. Assim, é fundamental sensibilizar para a prevenção!".
A ADPD acaba de lançar uma campanha com o intuito de diminuir o risco de incidência de gripe e pneumonia pneumocócica entre diabéticos.
Nesse sentido associação alerta que pessoas com doenças crónicas, nomeadamente diabetes, apresentam uma probabilidade significativamente mais elevada de sofrerem de complicações e de morte associadas à gripe e pneumonia - inclusive, quando a patologia é gerida adequadamente.
De acordo com informações do Centro Europeu de Controlo de Doença e Prevenção (ECDC), estima-se que nos últimos anos, aproximadamente 30% dos doentes hospitalizados com gripe sofriam de diabetes.
Sendo que uma gripe 'inocente' pode provocar complicações como a pneumonia pneumocócica e meningite, além agravar problemas crónicos cardiovasculares. Como tal, prevenir a gripe e a pneumonia pneumocócica é essencial na diminuição de risco de infeção.
João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, sublinha: "uma pessoa com diabetes tem, no mínimo, duas vezes mais probabilidade de contrair pneumonia pneumocócica. E, em caso de internamento fica, em média, mais um dia do que um indivíduo que não sofra da doença. A mortalidade, nestes casos, também é superior, segundo os dados que a APDP apurou nos hospitais portugueses".
A campanha da APDP quer deste modo sensibilizar para a relevância de reduzir o risco de gripe e pneumonia pneumocócica nos meses de outono/inverno.