O estudo realizado nos Estados Unidos, na Harvard T.H Chan School of Public Health em Boston, que incluiu mais de 63 milhões de indivíduos apurou ainda que estas pessoas estão mais vulneráveis a desenvolverem outras formas menos comuns de demência e condições neurológicas.
Os investigadores creem que as partículas microscópicas libertadas para a atmosfera por carros e fábricas são tóxicas para a matéria cinzenta.
Conhecidas por PM2.5s, podem também ser inaladas profunda e diretamente pelos pulmões e entrarem na corrente sanguínea antes de alcançarem o cérebro.
Segundo os cientistas, até níveis reduzidos são perigosos, e as mulheres estão mais vulneráveis do que os homens.
Para cada aumento de cinco microgramas por metro cúbico de ar (μg/m3) regista-se uma probabilidade 13% mais elevada de demência ou de Parkinson.
A co-autora do estudo Xiao Wu, estudante de doutoramento em bioestatística, disse: "O relatório 2020 do The Lancet sobre a prevenção da demência, intervenção, e tratamento acrescentou a poluição atmosférica como sendo um dos fatores de risco modificáveis".
"O nosso estudo baseia-se numa base de evidências restritas, mas emergentes, indicando que a exposição a longo prazo às partículas PM2.5 está associada a um aumento do risco da deterioração da saúde neurológica".
Os dados apurados foram publicados no The Lancet Planetary Health e tiveram como base de estudo informações de admissões hospitalares relativas a 63,038,019 indivíduos entre 2000 and 2016.
Nas palavras dos investigadores: "a poluição do ar foi significativamente associada a um aumento no risco de internamentos hospitalares para várias doenças neurológicas incluindo Parkinson, Alzheimer e outras demências".
Mulheres caucasianas que habitam em grandes cidades parecem estar mais vulneráveis.
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