As declarações do especialista britânico vêm de encontro às do colega e professor Adrian Hill, fundador e diretor do Instituto Jenner da Universidade de Oxford, que afirmou, na semana passada, que a vacina, desenvolvida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, irá ser aprovada na altura do Natal, podendo ser administrada de imediato a médicos e enfermeiros, além da população idosa ou doente, antes mesmo da conclusão do último ensaio clínico.
Andrew Pollard revela que os resultados da fase final do ensaio clínico em curso deverão ser apresentados no final do ano, e que há "uma pequena hipótese da vacina" estar pronta no Natal.
"Estou otimista que possamos alcançar esse ponto antes do fim deste ano", disse o cientista, citado pela agência Reuters.
Atualmente, a vacina de Oxford está na Fase III dos ensaios clínicos integrados por mais de 20 mil voluntários oriundos do Reino Unido, Brasil, África do Sul e do Japão.
A vacina, chamada pela comunidade científica de ChAdOx1 nCoV-19, é concebida com uma variante enfraquecida do vírus de um tipo de gripe que causa infeções nos chimpanzés, e que foi geneticamente alterada de forma a funcionar com segurança e eficazmente no organismo dos seres humanos.