Um estudo acaba de fazer revelações surpreendentes acerca da morte do pintor holandês Vincent Van Gogh - considerado uma das figuras mais influentes da história da arte ocidental. O artigo, publicado no International Journal of Bipolar Disorders esta segunda-feira, apresenta a teoria de que a saúde mental precária de van Gogh e o eventual suicídio foram provavelmente causados pela abstinência do álcool e desnutrição e não por sífilis ou esquizofrenia - explicações propostas anteriormente.
Para chegar a esta conclusão, os autores do estudo analisaram 902 cartas da correspondência de Van Gogh - principalmente com o seu irmão Theo - sobre "o que ele estava viver, incluindo os seus problemas mentais", cita o Post. A acrescentar, trabalharam em estreita colaboração com três historiadores de arte especialistas em Van Gogh.
Com base na sua pesquisa, os autores criaram uma linha do tempo para o declínio da saúde do pintor. Nos quatro anos antes do seu suicídio, em 1890, Van Gogh tornou-se alcoólico, bebendo grandes quantidades de vinho e absinto, enquanto comia e dormia mal - antes de ficar repentinamente sóbrio. Isso, concluíram, levou a um surto psicótico que, por sua vez, o levou a cortar a sua orelha esquerda para presentear a uma mulher num bordel.
A abstinência do álcool e o estilo de vida pobre também foram associados a vários problemas de saúde mental subjacentes de que Van Gogh é suspeito de ter durante a maior parte da sua vida. “Desde a idade adulta, ele provavelmente desenvolveu um transtorno de humor (provavelmente bipolar) em combinação com (traços de) um transtorno de personalidade limítrofe”, escreveram os autores.