Depois do anúncio da Pfizer e da BioNTech acerca da eficácia superior a 90% da sua vacina contra a Covid-19, o Ministério da Saúde da Rússia pronunciou-se relativamente à sua própria vacina, denominada Sputnik V.
Segundo a revista Galileu, num comunicado, Oksana Drapkina, diretora do Centro de Pesquisa Estatal de Medicina Preventiva, associado ao ministério russo, declarou que a Sputnik V apresenta igualmente uma eficácia de mais de 90% contra o novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19.
"Com base nas nossas observações, a sua eficácia também é superior a 90%. O aparecimento de outra vacina eficaz — esta é uma boa notícia para todos", afirmou Drapkina, de acordo com a agência de notícias Reuters.
Todavia, ainda não foram divulgados dados ou estudos que apoiem esta declaração.
Como resposta à carência de estudos, numa conferência de imprensa os representantes do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI) e da Academia Russa de Ciências disseram que os resultados da terceira fase dos testes da vacina Sputnik V serão publicados no periódico The Lancet nas próximas duas semanas.
Os investigadores apontam que o artigo que será publicado em breve irá responder a todas as questões sobre o 'misterioso' imunizante, nomeadamente: a quantidade de anticorpos gerados pela solução, quantas doses serão necessárias, como a vacina se porta em pessoas de faixas etárias distintas ou quanto tempo demora a gerar imunidade.
Na conferência de imprensa o CEO do Fundo de Investimento Direto da Rússia, Kirill Dmitriev, apontou ainda que está previsto que sejam produzidas 1,5 milhão de doses até ao final do mês de dezembro deste ano. Entretanto, em 2021, a estimativa é de que entre 5 milhões e 6 milhões de doses sejam fabricadas mensalmente na Rússia.