Vírus. Quase 70% dos doentes sofrem de Covid persistente durante meses
Um novo estudo apurou que 54 dias após receberem alta, 69% dos pacientes ainda experienciavam fadiga, e 53% sofriam de falta de ar constante.
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Lifestyle Covid-19
Mais de dois terços dos pacientes hospitalizados devido ao coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, continuam a sofrer de sintomas debilitantes mais de sete semanas após receberem alta, aponta uma pesquisa recente, divulgada no site do NHS (Sistema Nacional de Saúde Britânico).
Os investigadores detetaram que 54 dias depois de saírem do hospital, 69% dos doentes ainda experienciavam fadiga, e 53% sofriam de falta de ar constante.
Mais ainda, os especialistas concluíram que 34% dos indivíduos ainda tinha tosse e 15% sofria de depressão.
Foi também registado que 38% das radiografias ao peito (raio-X) permaneciam anormais e 9% apresentavam uma deterioração adicional, segundo o estudo realizado em colaboração com médicos do Royal Free London (RFL) e da University College London Hospitals NHS Trust (UCLH), no Reino Unido.
Swapna Mandal, professora clínica na divisão de medicina da UCL, disse que os dados apurados revelam a incidência de Covid persistente -, uma condição real e que exige a realização de mais pesquisas com urgência, de modo a entender como os sintomas da Covid-19 podem ser tratados a longo prazo.
"Pacientes que sofrem de Covid-19 severa e necessitam de internamento médico, continuam muitas vezes a sofrer de sintomas graves durante muitas semanas após receberam alta hospitalar", afirmou ao Mirror Mandal.
No estudo, publicado na revista médica Thorax, equipas de investigadores estiveram à frente de uma clínica destinada a ex-infetados com o novo coronavírus, analisando tanto os sintomas fisiológicos como psicológicos dos pacientes meses depois.
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