Vacina da tríplice viral pode ajudar a diminuir propagação da Covid-19
Cientistas afirmam que a vacina tríplice contra o sarampo, papeira e rubéola (VASPR) pode ajudar a atenuar a propagação do novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, enquanto se aguarda que outras vacinas próprias para combater o vírus estejam prontas.
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Lifestyle VASPR
Estudos apontam que os níveis reduzidos de Covid-19 nas crianças podem dever-se ao facto de lhes ser administrada em massa a vacina tríplice.
Adicionalmente, as mesmas pesquisas sugerem que os adultos que receberam vacina na infância estão mais protegidos contra o SARS-CoV-2, evitando de todo a infeção, manifestando sintomas ligeiros ou permanecendo assintomáticos.
Como tal, os cientistas esperam que a VASPR possa travar a disseminação do novo coronavírus enquanto se aguarda que esteja pronta uma vacina.
O professor David Hurley, da Universidade da Georgia, nos Estados Unidos, afirma em declarações à publicação mBio: "a VASPR é considerada segura e tem poucos efeitos secundários".
"Se tem o benefício final de prevenir a infecção da Covid-19, de prevenir a propagação da Covid-19, de reduzir a sua gravidade, ou a combinação de um dos elementos referidos, então trata-se de uma intervenção de elevada recompensa e com baixo rácio de risco", acrescentou.
"Seria prudente vacinar pessoas de todas as idades".
A VASPR é comummente administrada a todas as crianças a partir dos nove meses de idade. É denominada de vacina tríplice porque uma única injeção protege contra três doenças separadas, nomeadamente o sarampo, a papeira e rubéola.
Hurley diz: "A correlação inversa estatisticamente significativa entre os anticorpos do sarampo e a Covid-19 indica que existe uma relação que justifica uma investigação mais aprofundada".
Já em abril, especialistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, haviam apurado que a VASPR poderia ser utilizada para proteger contra a Covid-19.
Na altura, os cientistas detetaram que as proteínas chave dos vírus do sarampo, da papeira e da rubéola partilham semelhanças surpreendentes com determinadas proteínas presentes no SARS-CoV-2, o vírus que causa a Covid-19.
Ainda não se sabe se a semelhança é suficientemente parecida para conduzir a uma resposta imunológica de reação cruzada, porém este é o foco das pesquisas que estão atualmente a ser realizadas.
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