Células tumorais dormentes foram 'despertadas' por uma concentração de hormonas do stress, conforme explica um artigo publicado no jornal The Sun Online.
Porém, fármacos beta-bloqueadores comummente usados contra a ansiedade, ajudaram a manter os cancros sob controlo, afirmam cientistas.
Os dados apurados podem assim levar a que sejam prescritos medicamentos aos doentes, de modo a atenuar o stress e ansiedade.
Cientistas norte-americanos detetaram que níveis elevados de hormonas, nomeadamente feniletanolaminas como a noradrenalina estimulavam a reincidência de cancros dormentes do pulmão e dos ovários em ratos, ativando as células cancerígenas dos animais.
Mantê-los sob stress, restringindo-os em tubos, levou a que as células tumorais 'despertassem'.
As descobertas foram posteriormente confirmadas através de testes a amostras sanguíneas de 80 doentes com cancro do pulmão.
Michela Perego, investigadora no Wistar Institute em Filadélfia, nos Estados Unidos, diz: "pacientes com recaídas apresentam níveis mais elevados de hormonas do stress".
"Monitorizar os doentes submetidos a tratamentos oncológicos seria muito importante", acrescenta.
"Controlar os níveis com medicamentos poderia aumentar a taxa de sobrevivência".
Anteriormente o stress já havia sido associado a um risco superior de desenvolvimento de cancro da mama e da próstata.
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