SPAIC: Vacina da Pfizer desaconselhada a quem tem alergias graves

Em comunicado, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) faz um esclarecimento sobre reações alérgicas após a aprovação da vacina contra a Covid-19.

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© Matthew Horwood/Getty Images

Notícias Ao Minuto
23/12/2020 09:17 ‧ 23/12/2020 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle

Vacinas contra a Covid-19

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) aprovou esta segunda-feira a utilização da vacina da Pfizer-BionNTech contra a Covid-19, considerando-a segura e eficaz no combate à doença.

No seguimento de alguns casos de reações alérgicas à vacina, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) faz um esclarecimento baseado "no conhecimento atual, nas informações disponíveis da EMA e FDA sobre a vacina da Pfizer-BioNTech para o vírus SARS-CoV-2, e na sequência das recomendações da Agências Reguladoras do Medicamento do Reino Unido e dos Estados Unidos da América", dizem em comunicado. Assim:

1) "As reações alérgicas às vacinas do calendário nacional de vacinação são raras. As reações mais graves (reações anafiláticas) ocorrem em menos de 1/100 000 indivíduos".

2) "De acordo com a informação disponível, as reações alérgicas à vacina Pfizer-BioNTech para a Covid-19, serão também eventos raros".

3) "Apesar da informação clínica disponível sobre os casos em que terão ocorrido reações alérgicas suspeitas à vacina Pfizer-BioNTech para a Covid-19 ser ainda muito limitada, não se supõe existir um risco acrescido de efeitos adversos à vacina em doentes asmáticos, com rinite alérgica ou com eczema".

4) "Propomos que: 1) a vacina Pfizer-BioNTech para a Covid-19 não seja administrada em doentes com antecedentes de reações alérgicas graves a vacinas, e que 2) a relação risco-benefício seja avaliada por um Imunoalergologista nos casos de anafilaxia prévia a medicamentos, alimentos, latex, venenos de himenópteros e ainda nos casos de anafilaxia idiopática, síndromes de ativação mastocitária e imunodeficiências primárias".

5) "As vacinas para o SARS-CoV-2 só deverão ser administradas em Unidades de Saúde onde existam profissionais devidamente treinados e meios adequados para o tratamento de eventuais reações alérgicas. Deverá ser respeitado um período de vigilância de 30 após a administração da vacina".

6) "Os Imunoalergologistas estão disponíveis para investigar todos os doentes com reações alérgicas graves às vacinas para o SARS-CoV-2 que venham a estar disponíveis em Portugal, em consonância com a Norma de Orientação Clínica 004/2012 da Direção Geral de Saúde 'Anafilaxia: registo e encaminhamento', atualizada em 18/12/2014".

7) "Pela sua experiência no diagnóstico, tratamento e orientação de doentes com doença alérgica, a SPAIC apresenta a sua disponibilidade para colaborar e prestar consultadoria científica à Direção Geral de Saúde, ao Infarmed, aos Coordenadores do “Plano de vacinação contra a COVID-19” e às restantes autoridades de saúde nacionais".

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