Pfizer: Vacina parece ser eficaz contra mutação chave de novas variantes

Um estudo, ainda não revisto por pares, afirma que a vacina pode combater as variantes descobertas no Reino Unido e na África do Sul.

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Notícias Ao Minuto
08/01/2021 07:34 ‧ 08/01/2021 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle

Covid-19

A vacina contra a Covid-19 da Pfizer-BioNTech parece funcionar contra uma mutação chave que integra as novas variantes descobertas no Reino Unido e na África do Sul, de acordo com um estudo de laboratório conduzido pela farmacêutica norte-americana e citado pela Reuters.

O estudo da Pfizer e cientistas da University of Texas Medical Branch, ainda não revisto por pares, indicou que a vacina foi eficaz na neutralização do vírus com a chamada mutação N501Y da proteína spike.

Acredita-se que a mutação pode ser responsável por uma maior transmissibilidade. A acrescentar, havia a preocupação de que também pudesse fazer com que o vírus resistisse à neutralização de anticorpos provocada pela vacina, disse Phil Dormitzer, um dos principais cientistas de vacinas virais da Pfizer.

O estudo usou amostras de sangue de 20 pessoas que receberam a vacina da Pfizer e da alemã BioNTech, concluindo que os anticorpos resistiram com êxito às novas variantes, nos testes realizados em laboratório. As descobertas são limitadas, porque a investigação não examina o conjunto completo de mutações encontradas nas variantes.

Ainda assim, o cientista considerou ser encorajador que a vacina pareça eficaz contra a mutação, bem como 15 outras mutações que a empresa testou anteriormente. “Agora testámos 16 mutações diferentes e nenhuma delas teve realmente um impacto significativo. Essa é a boa notícia”, disse.

Mas isso não significa que outras não possam influenciar a eficácia da vacina. Dormitzer observou que outra mutação encontrada na variante sul-africana, chamada mutação E484K, também é preocupante. Os investigadores planeiam, por isso, realizar testes semelhantes para ver se a vacina é eficaz contra outras mutações encontradas no Reino Unido e na África do Sul e esperam ter mais dados dentro de semanas.

Esta semana, o professor de microbiologia celular da University of Reading, Simon Clarke, explicou que, embora ambas as variantes tenham algumas coisas em comum, a encontrada na África do Sul "tem um número adicional de mutações" que incluem alterações mais extensas na proteína spike.

A vacina da Pfizer e a da Moderna, que utilizam a tecnologia de RNA mensageiro sintético, podem ser rapidamente ajustadas para lidar com novas mutações de um vírus, se necessário. 

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