A propagação de uma nova variante da Covid-19, está a deixar o mundo em estado de alerta. Apesar dos cientistas e médicos estarem a trabalhar ininterruptamente de modo a identificar e estabelecer a fonte da mutação, ainda muito permanece um mistério.
Todavia, quando se trata de sinais da estirpe mutante, o Centro de Prevenção de Controlo e Doenças (CDC), nos Estados Unidos, recomenda que as pessoas que desenvolvam determinados sintomas consultem um médico o quanto antes, visto que segundo a organização governamental estes podem provocar danos severos, e inclusive matar.
A nova variante da Covid-19 denominada VUI 202012/01, reporta o jornal Times of India, inclui uma mutação genética na proteína spike que pode assim causar a disseminação fácil e imediata do vírus entre os indivíduos.
Embora esta nova estirpe tenha inicialmente surgido no sudeste de Inglaterra, já alcançou outras partes do mundo. É sabido que a variante contém pelo menos 17 mutações capazes de influenciar a forma e potência do vírus, incluindo a sua proteína spike.
Enquanto muitos dos sintomas da nova estirpe são idênticos aos Covid-19 'original', já foi constatado que o vírus mutante tem o potencial de se propagar mais amplamente e a um ritmo mais rápido.
Dito isto, o CDC divulgou quatro sintomas alarmantes da nova variante da Covid-19, nomeadamente:
- Falta de ar ou dificuldade em respirar;
- Confusão;
- Dor persistente no peito;
- Fadiga extrema e necessidade constante de dormir.
Mais contagiosa
De acordo com um estudo recente realizado por investigadores da London School of Hygiene and Tropical Medicine, a nova estirpe pode causar mais mortes. Os especialistas temem igualmente que as mutações possam provocar mais hospitalizações e óbitos em 2021, comparativamente a 2020.
Wendy Barclay, professora no New and Emerging Respiratory Virus Threats Advisory Group (NERVTAG) e especialista em virologia no Imperial College London afirma que as mutações fazem com que seja mais fácil para o vírus entrar nas células humanas, sendo que desta feita as crianças também estão mais suscetíveis ao coronavírus.
Adicionalmente, uma outra pesquisa levada a cabo por investigadores do Centro de Modelação Matemática de Doenças Infecciosas no London School of Hygiene and Tropical Medicine aponta que a nova estirpe é 56% mais transmissível, relativamente a outras estirpes.